Resumo Boniteza de um sonho Por Norma
Almeia
Gadotti,introduz o texto Boniteza de
um Sonho explicando sua inspiração em Paulo Freire e no seu livro Pedagogia da Autonomia.“Inspirei-me
em Paulo Freire para escrever esse livro. Paulo Freire nos fala em sua
Pedagogia da autonomia da “boniteza de ser gente” sua razão para analisar o
professor a partir dessa obra, nos faz refletir sobe algumas questões nas quais
discorremos abaixo. Ser professor hoje, não é nem mais difícil nem mais fácil
do que era há algumas décadas atrás como assim afirma o autor. É apenas
diferente, diante das mudanças que vem ocorrendo no mundo. Fala-se muito em uma
educação de qualidade com aparatos tecnológicos, mas precisamos também pensar
em professores capacitados para acompanhar esse ensino de qualidade. Ser
professor hoje é ter consciência do seu papel e o que ele representa diante de
seus alunos. O professor sabe, não pode ficar indiferente ao que acontece hoje
na educação. Ele tem que ser comprometido, engajado e ético e ter consciência
que a educação é algo profundo e dinâmico. O professor que esta surgindo com
essa nova identidade, está apenas acompanhando a evolução e adequando as mudanças
necessárias para que possamos de fato exercer nossas atividades com qualidade,
sendo um profissional capaz de criar conhecimento e acompanhar as mudanças
históricas de nossa época que acontecem de forma muito veloz.. Não esquecendo
que é de suma importância a formação continuada do professor que deve estar
centrada na escola sem ser unicamente escolar, sobre as práticas escolares dos
professores, desenvolverem na prática um paradigma colaborativo e cooperativo
entre os profissionais da educação. A nova formação do professor deve basear-se
no diálogo e visar à redefinição de suas funções e papéis, à redefinição do
sistema de ensino e à construção continuada do projeto político-pedagógica da
escola. Como educadores devemos constantemente re - encantar a educação.
Torna-se preciso questionar como o aluno apreende? Boas condições e métodos são
importantes, mas depende principalmente do entusiasmo do professor, em sua
alegria de ensinar. O texto Introduz com a afirmação de que no momento em que
um educador para de aprender automaticamente para de ensinar, pois quem não
aprende não tem nada a oferecer. Paulo Freire, afirma “O professor aprende ao
ensinar e o aluno ensina ao apreender”. Também chama a importância para a
necessidade de pesquisar, afirmando que um aluno aprende através da pesquisa, e
obviamente, o professor também, como aprendiz, precisamos necessariamente
pesquisar. Considerando que os espaços de aprendizagem se multiplicaram, de
forma que o estudante apreende na televisão, na Internet, no radio, na rua, no
futebol, sendo inviável querem reproduzir modelos de educadores do início do
século. É preciso considerar essa nova realidade. Torna-se importante para o
professor apreender a ser, não como crédito, mas com ética, testemunhar se
ofício.
Gadotti, inspirado por Paulo
Freire para escrever esse livro, começa afirmando que a beleza existe porque o
ser humano é capaz de sonhar. Aprender e ensinar com sentido é aprender e
ensinar com um sonho na mente. Salienta que Paulo Freire nos falava da
“boniteza” do sonho der ser professor de tantos jovens desse planeta. Se o
sonho puder ser sonhado por muitos deixará de ser um sonho e se tornará
realidade. Lamenta-se, pois esse sonho que não é levado a sério, o professor é
desvalorizado, a luta por salários e melhores condições de trabalho, tais
problemas que levam ao questionamento da perplexidade e da crise do “Porque ser
professor?”. É de fundamental importância a construção de um novo sentido na
profissão do professor, pois ele é muito mais que um mediador do conhecimento,
diante do aluno que é o sujeito de sua própria formação. Os educadores numa
visão emancipadora, não só transformam a informação em conhecimento e em
consciência crítica, mas também formam pessoas. Por isso eles são
imprescindíveis. Para o educador não basta ser reflexivo. A reflexão deve ser
crítica, é preciso que ele de sentido à reflexão. Faz parte da natureza da
prática docente à indagação, a busca, a pesquisa. O êxito do ensino não depende
tanto do conhecimento do professor, mas da sua capacidade de criar espaços de
aprendizagem, “fazer aprender” e de seu projeto de vida continuar aprendendo. O
professor hoje precisa ser um profissional capaz de criar conhecimento, pois
pensando numa “civilização do oprimido”, como costuma nos dizer José Eustáquio
Romão, esse profissional pode ter, por essa característica, um potencial
revolucionário que outras profissões não têm, já que é uma profissão voltada
para a emancipação das pessoas. Cada geração de professor constitui sua própria
identidade docente no contexto em que vive em um mundo globalizado, onde o
aprender é conviver com as incertezas, que geram a crise de identidade. Sendo
assim, o professor precisa derrubar essa barreira de crise de identidade,
buscando criar uma nova forma de conhecimento, ter autonomia, exercer
liderança, ter capacidade de gestar a transformação, encontrando na necessidade
de mudança a força para a luta em busca de novos saberes e estratégias de
ensino, capazes de gerar uma transformação na mentalidade e principalmente nos sistemas
de ensino. Como diz Paulo Freire: “O bom professor é o que consegue, enquanto
fala trazer o aluno até a intimidade do movimento de seu pensamento”. Sua aula
é assim um desafio e não uma cantiga de ninar, Seus alunos cansam, não dormem.
A pedagogia deveria começar, sobretudo a ler o mundo, por que ele é nosso
primeiro educador, o universo não está lá fora. Está dentro de nós. Paulo
Roberto Padilha nós diz, que “a boniteza de ser professor está no fato de ser
uma atividade desafiadora, cheia de cores, tempos e espaços diferentes”.
Gadotti nos diz que todo professor é por função, educador. Numa sociedade
dividida, ele não é neutro. Numa perspectiva emancipadora, o educador é um
intelectual orgânico das classes populares, a favor dos interesses das pessoas
que necessitam de educação. A escola para o povo só tem sentido numa forma de
organizar a sociedade. Não é possível fazer uma escola para todos, dentro de
uma sociedade para alguns! A democratização da escola precisa ser acompanhada
de um novo projeto social, uma educação cidadã precisa ser uma educação de
classe. Também, trata-se de estudar a fim de ganhar competências e ajudar a
mudar o rumo deste bonde, ou seja, ajudar a construir uma sociedade onde haja
lugar para todos. Sair do plano ideal para a prática, é fazer com sentido tudo
o que estudamos tem que ter sentido. A escola perdeu seu sentido de humanização
quando ela virou mercadoria, quando deixar de seu lugar onde a gente aprende a
ser gente, para tornar-se o lugar onde as crianças e os jovens vão para
aprender a competir no mercado. Constata-se que a educação para ser
transformadora, emancipadora, precisa estar centrada na vida, considerar as
pessoas, suas culturas, respeitar o modo de vida, sua identidade. É preciso
fazer a análise crítica, social, econômica. Mas tudo isso não basta. É preciso
que a rigorosa análise da situação não fique nela, mas que aponte caminhos e
nos indique como caminhar. Rubem Alves nos diz que: “Ensinar é um exercício de
imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos
aprendemos a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim não
morre jamais...”. Acadêmica: Rose Oliveira Lunardi. Curso: Pedagogia (4º
Semestre) Professora: Terezinha B. Bonh.
Esta obra está dividida em
sete capítulos, onde no primeiro capítulo, intitulado “Porque ser professor?”,
Gadotti relembra as ideias de Paulo Freire sobre o sonho, a beleza de ser
professor, porém ele também aponta as dificuldades e a desvalorização desta
profissão. O autor ainda sustenta que hoje “não é nem mais difícil nem mais
fácil do que era há algumas décadas atrás. É diferente.” (p.15).
No segundo capítulo,
“Crise de identidade, crise de sentido”, o autor, mostra que os professores
necessitam evidenciar as características de sua profissão e assim superar a
crise de identidade que os cercam, percebendo o sentido de sua profissão e não
limitando-se a reproduzir o conhecimento que lhes foi transmitido. Usando as
palavras de Moacir podemos dizer que “o professor não pode ser um mero executor
do currículo oficial” (p. 25).
O terceiro capítulo,
“Formação continuada do professor”, retrata que os docentes devem ter uma
formação contínua, visando uma cooperação, para que seu trabalho não seja
unicamente escolar. Nesse capítulo, Gadotti ainda elenca as exigências mínimas
para que os professores consigam essa formação, considerando também que tais
exigências estão previstas em legislação.
O quarto capítulo, nomeado
“Ser professor na sociedade aprendente”, o autor nos mostra as diferenças entre
ter competência e habilidade, nos apontando a importância da reflexão para um
bom desempenho do trabalho. Moacir, ainda destaca que para aprimorarmos nossos
conhecimentos devemos saber o que é conhecer e ainda mais, como conhecer.
Como vimos no quinto
capítulo, “Aprender com emoção, ensinar com alegria”, o autor nos mostra que é
muito importante aprendermos, e também ensinarmos mostrando o sentido da
aprendizagem, pois “aprender não é acumular conhecimentos” (p. 48), por isso
devesse relacionar o que se está ensinando, com o meio em que vivemos, para que
se consiga aumentar o desejo de aprender dos alunos. Outro ponto importante que
Gadotti destaca é que “é preciso gostar de ser professor para ensinar” (p. 55),
pois senão nos tornaremos apenas gestores de conhecimento e nossas aulas não se
tornam atrativas.
No capítulo 6, “Educar
para uma vida saudável”, Moacir Gadotti, nos fala da “Pedagogia da Terra”,
elencando ainda alguns de seus saberes/valores, mostrando-nos que devemos
aprender e ensinar a ler o mundo, pois ele é o nosso primeiro educador.
No capítulo 7, “Ser
professor, Ser educador”, Gadotti começa o capítulo usando as palavras de Rubem
Alves, onde este por sua vez nos mostra a diferença de ser professor e ser
educador, dizendo-nos ainda que uma é profissão e a outra é vocação, porém
“todo professor é pro função educador”(p. 68), pois “o papel do professor é
educar através do ensino”(p. 71), o autor nos traz isso sempre nos mostrando a
importância da educação para a humanidade.
Neste livro, pude perceber
que o autor nos mostra a educação como um sonho a ser realizado, um caminho a
ser percorrido e por ser um livro voltado a professores, e ainda futuros
professores, Moacir
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quinta-feira, 14 de maio de 2015
Resumo do livro
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